OS SETE PASSOS

O Mundo Bruxo Francês, enfim, voltava aos rumos após uma sessão intensa de tirania e opressão por parte do MIR. O Ministério da Magia agora era comandado por Thommas Lispector e Alice Creadore, enquanto navegava pelos céus sob a forma de um Zepelim. Também era hora de investir nas descobertas do Pó, portanto uma nova docente fora contratada para auxiliar tais investigações: Marjorie Coiffard chegou cercada de muito teatro e cinismo, embora um receio permanecesse na mente da ossuda Diretora, afinal todos os três outros docentes de tal matéria tiveram fins terríveis. Do outro lado da moeda, havia os denominados Pretium Doloris, tais quais ajudaram Vertè em seu Império, e agora eram constantemente perseguidos e abatidos um a um. Svetlana Peourritré, que outrora fora líder do grupo, agora estava embalsamada em sua própria desgraçada e, ainda por cima, acolhia Hugo Berkana, seu assassino. Numa noite quente dum terrível Verão, sob o “Pico da Morte”, Svetlana bebera seu próprio veneno e o homem se autodenominou o novo Líder. Portanto tratou de reunir novamente o grupo para contá-los as novidades e perguntar quem estava disposto a ajudá-lo a terminar o que não haviam conseguido. Simon, Christopher, Volken, Hóris, Yeva, Lynn e Morgan, foram os que ousaram aparecer no Castelo e jurar lealdade após um discurso regado de mentiras, feito pelo próprio Hugo. Novamente os pilares da sociedade começavam a estremecer, pois após uma Jornada pelos Universos produzida pelo ministro Thommas Lispector, junto de Olímpia Maxime, Abelline Chermont e Marjorie Coiffard, as descobertas foram alarmantes. Uma coletiva de impressa fora promovida às pressas no Átrio do Ministério e as novidades contadas, numa homilia épica, assustaram a todos: o que eles sabiam sob os Universos Paralelos eram apenas “uma gota d’água num abissal oceano” e havia inteligência, poderio e guerras atrás daquelas passagens. Portanto, uma medida emergencial fora tomada e, agora, a Liberdade fluiria pelas Janelas e qualquer um poderia atravessá-la e contatar as centenas de culturas diferentes que os aguardavam. E, assim, surgira os Clãs: as Feiticeiras do Vento, os Lobisomens, os Elfos, os Gípcios, as Sereias e os Piratas, alguns promoviam à paz entre povos, já outros possuíam intenções maldosas. Foram chamados os líderes de cada movimento para debater suas necessidades numa reunião informal sob os Montes Supinos. Todos expuseram suas opiniões e houve confronto, pois, após um debate sobre direitos e deveres, fora provado a incapacidade de lidar e aceitar as diferenças. A reviravolta em Beauxbatons aconteceu quando Griselda Fournier, vice-Diretora, fora flagrada por uma repórter do Berrador em meio à beijos e carícias com um aluno. Deposta por infringir o código de conduta do próprio Instituto, uma dúvida assombrava a cabeça dos alunos e funcionários: quem a substituiria? O cenário de novas Trevas começava imperar sob a França Bruxa, principalmente quando Olívia Vertè, desvairada e mergulhada em desespero, decidira atacar novamente e, desta vez, capturou sua própria neta, agarrada no último fiapo de esperança que parecia haver. Com as notícias acerca do novo aparecimento da ex-Ministra Instrutora, a secretária sênior do Ministro tratou de redigir um dossiê que contava a vida, histórias e fraquezas de Vertè e, após um descuido, Armelle fora mandada, através de uma Chave do Portal, para um local desconhecido e os Pretium Doloris usurparam o dossiê. Próximo dali, em Montfleury, um jantar fora preparado por Thommas Lispector em seu próprio Casarão, apenas para os amigos mais íntimos que foram recebidos numa noite que prometia ser inesquecível. Geovana Zotarelli, que era recém-chegada aos Pretium Doloris, passou uma informação errada para Hugo que decidiu raptar o pequeno Antônio Lispector. Houve uma exímia batalha entre os assassinos e as autoridades presentes no local. O desfecho da noite foi vitorioso para o Ministério que pode, por fim, capturar quase todos os bandidos e trancafia-los na Prisão. Após férias conturbadas, o retorno para Beauxbatons prometia tranqüilidade, portanto alunos e funcionários embarcaram na Carruagem Alada direcionando o Educandário, entretanto, após uma turbulência e um grito de terror fora constatado que a Olímpia e Haidée não haviam completado a viagem de retorno. Assim que Marjorie ficara sabendo das notícias, ela tratou de mostrar para todos os presentes, uma carta assinada pela própria ossuda em que dizia claramente que ela, Coiffard, seria a nova Vice-Diretora, portanto, ela sumira como a nova Diretora de Beauxbatons. Alguns dias após o estranho sumiço, algo ainda pior acometeu-se nos céus. Os Pretium Doloris fugiram da Prisão Dordogne em que foram lacrados com o auxílio da então Chefa Departamental Demetria Fairfax. Um tratado de paz entre Clãs fora selado quando Serafina Pekkala contara de sua visão de colapso, ruínas e mortes a todos os integrantes presentes naquela reunião. Enquanto o medo e o desespero reinavam por toda França, os alunos e funcionários do Instituto Superior Dinâmico partiram para os Universos Paralelos a fim de recuperar as reféns. E assim o fizeram e após a fuga covarde de Olívia Vertè, Louis e os outros regrediram para o Ministério, pois lá ocorria o julgamento de Hugo Berkana. No Tribunal da Justiça, o ex-Líder dos Pretium Doloris revelava para os juízes os Sete passos dados para Marjorie chegar até o poder, inclusive maldições, cartas falsas e subornos. “Amanhã retomaremos Beauxbatons!” A batalha épica travada pelos campos do educandário teve mortes, prisões e um desfecho espetacular, quando Thommas Lispector atravessou os céus carregando a espada das Feiticeiras e ultrapassou a alma de Marjorie e desfez-se em pó. Tudo, por fim, cessou-se naquela noite em Marjorie foi dada como morta. A direção da Academia estava novamente nas sábias mãos de Olímpia e Griselda e Beauxbatons estava, novamente, de portas abertas para todos aqueles que se abrem para ela.